Friday, July 20, 2007

Lareira e janela de ônibus

Deve ter alguma coisa de especial na vista da janela do ônibus. A mesma que têm no fogo de uma lareira quentinha. Algo que hipnotiza. Podes tentar olhar para outro lado, mas sempre os teus olhos vão voltar para o fogo ou para a janela do ônibus. Não tem não, essa é uma das coisas que apenas é e ninguém pode discutir.

Há muito tempo eu quero escrever algo sobre isso, porque realmente me fascina esse negócio de as pessoas estarem na frente de uma lareira, olhando pro fogo como se esperassem uma reação do mesmo. Um vulto surgir, o fogo aumentar, sei lá. Mesma coisa acontece com a mania que os seres humanos têm de, sempre que dentro de um ônibus, ficar olhando para a paisagem na rua. Vale também quando se está dentro de um carro, viajando para algum lugar e ficar analisando as cidadezinhas passando.

Certamente esses objetos, a lareira e a janela de ônibus ou carros, possuem alguma substância altamente hipnotizadora. Se eu fosse um deles, sentiria muita vergonha de todos ficarem me olhando sem parar.

Espero que algum dia os cientistas, que hoje se ocupam tentando criar o teletransporte, procurem descobrir que substância é essa, que fascina o ser humano. Não para usá-la como tática de guerra para paralisar o adversário, mas sim para somente descobrir, o que causa essa sensação tão agradável.

Monday, July 16, 2007

Minha

Dizer que te amo já é passado, assunto batido, fofoca velha, jornal de ontem. Mas dizer-te que não há braços como os teus isso sim é novo, presente, fofoca nova de vizinha velha ou crônica da Zero Hora do Luís Fernando Veríssimo.

O meu chão és tu. Doce meu, que não me canso de contar meus causos cômicos e tristes, só pra uma covinha se formar do lado do teu lábio.

Faltam-me palavras para expressar o sentimento que tenho guardado no peito. Ponto de equilíbrio meu, ponto de partida do interior da minha mente tão danificada pela tua falta.

É impossível não fechar os dois zóinhos ao sentir teu perfume passando com ar de menina decidida, que não está dando a mínima para o fato de eu estar te observando, ou estar apenas analisando alguma cousa qualquer localizada ao teu lado.

Olhos. Esses que tens tão meigos, com uma pureza sem antecedentes e que quando me refiro aos meus não posso dar-los outro adjetivo que se não reféns. Reféns de ti, da tua bochecha que me dá vontade de apertar.

Outra vez eu me despeço com um abraço apertado, com um beijo longo nas tuas recém citadas maçãs faciais. Beijo que pra ti parece não ter significado algum, mas que para mim, é mais uma forma de dizer-te: Eu te amo, garota.

Friday, July 13, 2007

Cordel do Fogo Encantado

Acordei hoje pensando em um CD que ganhei há um tempo já. Era o álbum de uma banda brasileiríssima, que faz música diferente de qualidade e uma presença de palco impressionante. Seguem algumas informações sobre eles:

Tal grupo participou da trilha sonora do filme “Lisbela e o Prisioneiro”, que tem uma das melhores trilhas sonoras que eu já ouvi – 2ª, se for incluir “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”. O nome da música que faz parte do disco do filme é “O Amor é Filme”, e me arrisco a dizer que é a melhor música do CD.

Gravou um “MTV Apresenta” no ano passado ou retrasado, sendo a melhor edição do fabuloso projeto da emissora. Não vendeu muito, é verdade, mas surpreendeu com um som diferente de todos os que passaram pela proposta.

Hoje à tarde, me deparei com a abertura do Pan-Americano Rio 2007. Sem nada para fazer (sabe como é, estou de férias), resolvi assistir. E não é que, no meio do troço, me aparece o Cordel ali? O Lirinha cantando na Globo, mostrando toda a sua presença de palco, toda sua brasilidade em seu som incrível. Eu fico impressionado como ele consegue virar os olhos para cima, cantar e dançar, tudo ao mesmo tempo. Resolvi pegar meu CD deles. Comecei a ouvir faixa por faixa e pensei: “Caraca, depois do Los Hermanos é a melhor banda to país, esses nordestinos!”.

O Gaúcho precisa perder esse preconceito que tem contra os nordestinos, o paulista e o carioca, tem que fazer o mesmo com o gaúcho e o brasileiro tem que perder o preconceito contra o Brasil.