Thursday, November 25, 2010

Something

Olha, eu não quero parecer um exibido, mas, se de fato há muita beleza na tristeza de um apaixonado, eu contribuí um bocado para um mundo com mais passarinhos verdes cantando nesses últimos meses. Sofri, rasguei, corri atrás e, se alguém, depois disso tudo, ousar me chamar de fraco, certamente passou por essa vida e não viveu. Pode até ser mais, mas sabe menos do que eu.

Fui achando que o amor era uma ciência exata e todos esses clichês que vocês vão pensar agora e eu não vou escrever aqui somente pra fazer volume. Eu sabia que estava errado. Mas continuava. Porque, leitores, assim como ela provavelmente não soube como parou de pensar em mim, eu também não sabia como parar de pensar nela. Me atirei assim de trampolim e fui até o fim, um amador. Em todos os sentidos. E agora espero por um novo tempo, de ter uma pedra no meu peito, exigir respeito e não ser mais um sonhador. Talvez, daqui um tempo, eu mude de calçada pra agarrar uma flor. Por enquanto, só quero me embriagar pelas calçadas mesmo sem ter quem venha logo me curar quando chegar de porre da boemia. E, se já não sinto os teus sinais, a vida vai ter de se acostumar com a tua ausência. Porque o meu lutador de Street Fighter ficou com só dois de vida e eu preciso dormir no meu colchão duro.

Fiz uma fotografia dela e guardei no meu pobre coração, que é pra ele bater forte e me deixar vivendo mais. E agora eu vou partir. Para onde? I don’t know, I don’t know, You stick around now it may show.

Wednesday, November 17, 2010

A Menininha

Vou contar uma história: Eu sou muito doce e esperto. Eu amo quando a minha menina sorri depois que eu tiro o tempo dela. Ela fica parecendo uma criancinha, o sol abre em meio à chuva e eu, sem mais opções, tiro o tempo dela mais uma vez que é pra tudo começar de novo. E no fim, eu sorrio também porque os nossos sorrisos são amiguinhos de infância. O que mais? Sim, ela é um amor, uma flor e eu tenho que disfarçar pra não correr e abraçar ela pra sempre. Pra sempre. E, na verdade, eu nem a amo de verdade. Na verdade de verdade, são outros olhos que o meu coração não pode nem ver que dispara. Mas essa menina é bem espertinha também. Sabe que eu gosto quando ela fecha os olhinhos e balança o rosto como rindo ironicamente de uma brincadeira minha. Ela sabe disso. Sabe e faz porque eu gosto. E ela quer me roubar. E a gente não deve resistir a assalto.