Era pequeno, de voz fina e muito simpático. Era fácil e indispensável em caminhadas em grupo pela praia do Laranjal e tinha um Amor escondido por uma moça maior e mais velha. Era ele um cavaquinho e ela uma violona.
Ela era a preferida de todos e levada para todos os lugares como uma ótima companhia, até o cavaco chegar. Quando isso aconteceu todos só falavam naquele pequeno ser, faziam de tudo só pra tocar nele e esqueceram da existência da primogênita. Adquiriu um ódio quase que doentio dele.
Acontece que o pequeno se apegava muito fácil e foi aí que o tal se apaixonou pela tala. Mas, ela não o enxergava, apenas o via, o que deixava o cavaquinho pra lá de deprimido e causou várias crises existenciais no coitado. Esnobava-o como se esnoba um jornal de ontem e achava que estava certa. Esnobava-o pelo simples prazer de tê-lo aos seus pés e pelo simples motivo de achá-lo pirralho demais para sua grotescas maturidade. Mas, ele não queria saber disso, apenas a amava. E como a ele a amava!
Eis que um dia o nosso protagonista resolve se declarar para aquela puta e ela o esnoba de um jeito pior do que o esperado, pois fala todas as coisas ruins que se poderia imaginar e mais as que se poderia imaginar e olha que essas são ainda piores! Mas, o cara continuava apaixonado por aquela vaca. Agora ela tinha um certeza na vida: Que tinha alguém pra chutar, pisar, esmagar e fazer o que quisesse. E era só nesse lado que a vilã pensava: Em tirar proveito da situação pavorosa que o coitado passava naquele momento.
Na verdade, não é a primeira vez que ela pisa no lado amoroso de algo, há um ano, ela trocou um Baixo de 4 cordas por outro de 5 cordas, pelo simples fato do cara ter uma corda a mais, mas quem vê corda, não vê alma, e o tal baixo deixou ela alguns meses depois. Nunca mais amou depois do acontecido e com o cavaco não seria diferente.
Podia nunca acontecer, mas ele sonhava. E como sonhava aquele negócio pequeno da voz fina! Fazia de tudo para descobrir aonde a Violona ia estar para depois ir vê-la com seu som fora do comum, mas ela fazia questão de ignorar nosso desiludido protagonista.
Até que um dia ele cansou de correr atrás dela e viu que não vivemos em um comercial de margarina, não se pode viver sonhando o passado, deve-se sonhar o futuro então parou de imaginar a sua ex-amada sendo tocada pelos melhores músicos brasileiros, mas aí quem ficou triste foi a mocinha, que ao saber do desamor do seu cavaco, caiu na depressão e na crise existencial.
O cavaquinho achou uma banja em uma apresentação de banda de pagode e viveram felizes para sempre em um comercial de margarina. A violona arranjou um violão de 12 cordas e foi feliz com ele em uma novela das 8, mas, como em toda novela das 8, ela foi trocada por uma outra violona que era elétrica.
PS: Dedicado à minha futura(?) cunhada e ao nosso fiel escudeiro Silva!
Saturday, April 14, 2007
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o texto tem uma criatividade admirável, mas procura reler com atenção porque em alguns pontos tu poderias fazer melhor.
ReplyDeleteo fim foi fantástico.
beijo, querido.
ficou legal, mas as palavras "puta", "vaca" e outros termos pejorativos não ficam bem pro tipo de escrita. :)
ReplyDeleteBom saber que depressão e crise existencial não acontecem só comugo, mas com cavacos e violonas também.
ReplyDeleteParabéns leoni.
otimo texto leon. ele fica melhor qunado eu leio as 3 da manhã, com café e chico buarque, mas é realmente admirável. que tu vais faze de faculdade bicho?
ReplyDeleteparabens, muito bom.
bjo super leon.
Gostei mas tu usou umas palavras meio inadequadas... Oo
ReplyDeletee eu li com pressa porque eu odeio ler texto em computador, então não posso fazer aqueeelas minhas críticas tri construtivas e profissionaaais :)
"ficou legal, mas as palavras "puta", "vaca" e outros termos pejorativos não ficam bem pro tipo de escrita. :) "
ReplyDeleteAham.
Mas ficou bom.
As frases que eu te citei no msn ficaram muito boas.
intiresno muito, obrigado
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