Saturday, April 14, 2007

O Cavaco e a Violona

Era pequeno, de voz fina e muito simpático. Era fácil e indispensável em caminhadas em grupo pela praia do Laranjal e tinha um Amor escondido por uma moça maior e mais velha. Era ele um cavaquinho e ela uma violona.
Ela era a preferida de todos e levada para todos os lugares como uma ótima companhia, até o cavaco chegar. Quando isso aconteceu todos só falavam naquele pequeno ser, faziam de tudo só pra tocar nele e esqueceram da existência da primogênita. Adquiriu um ódio quase que doentio dele.

Acontece que o pequeno se apegava muito fácil e foi aí que o tal se apaixonou pela tala. Mas, ela não o enxergava, apenas o via, o que deixava o cavaquinho pra lá de deprimido e causou várias crises existenciais no coitado. Esnobava-o como se esnoba um jornal de ontem e achava que estava certa. Esnobava-o pelo simples prazer de tê-lo aos seus pés e pelo simples motivo de achá-lo pirralho demais para sua grotescas maturidade. Mas, ele não queria saber disso, apenas a amava. E como a ele a amava!

Eis que um dia o nosso protagonista resolve se declarar para aquela puta e ela o esnoba de um jeito pior do que o esperado, pois fala todas as coisas ruins que se poderia imaginar e mais as que se poderia imaginar e olha que essas são ainda piores! Mas, o cara continuava apaixonado por aquela vaca. Agora ela tinha um certeza na vida: Que tinha alguém pra chutar, pisar, esmagar e fazer o que quisesse. E era só nesse lado que a vilã pensava: Em tirar proveito da situação pavorosa que o coitado passava naquele momento.
Na verdade, não é a primeira vez que ela pisa no lado amoroso de algo, há um ano, ela trocou um Baixo de 4 cordas por outro de 5 cordas, pelo simples fato do cara ter uma corda a mais, mas quem vê corda, não vê alma, e o tal baixo deixou ela alguns meses depois. Nunca mais amou depois do acontecido e com o cavaco não seria diferente.

Podia nunca acontecer, mas ele sonhava. E como sonhava aquele negócio pequeno da voz fina! Fazia de tudo para descobrir aonde a Violona ia estar para depois ir vê-la com seu som fora do comum, mas ela fazia questão de ignorar nosso desiludido protagonista.

Até que um dia ele cansou de correr atrás dela e viu que não vivemos em um comercial de margarina, não se pode viver sonhando o passado, deve-se sonhar o futuro então parou de imaginar a sua ex-amada sendo tocada pelos melhores músicos brasileiros, mas aí quem ficou triste foi a mocinha, que ao saber do desamor do seu cavaco, caiu na depressão e na crise existencial.

O cavaquinho achou uma banja em uma apresentação de banda de pagode e viveram felizes para sempre em um comercial de margarina. A violona arranjou um violão de 12 cordas e foi feliz com ele em uma novela das 8, mas, como em toda novela das 8, ela foi trocada por uma outra violona que era elétrica.

PS: Dedicado à minha futura(?) cunhada e ao nosso fiel escudeiro Silva!

7 comments:

  1. Anonymous10:51 AM

    o texto tem uma criatividade admirável, mas procura reler com atenção porque em alguns pontos tu poderias fazer melhor.
    o fim foi fantástico.
    beijo, querido.

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  2. ficou legal, mas as palavras "puta", "vaca" e outros termos pejorativos não ficam bem pro tipo de escrita. :)

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  3. Anonymous11:02 AM

    Bom saber que depressão e crise existencial não acontecem só comugo, mas com cavacos e violonas também.
    Parabéns leoni.

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  4. otimo texto leon. ele fica melhor qunado eu leio as 3 da manhã, com café e chico buarque, mas é realmente admirável. que tu vais faze de faculdade bicho?

    parabens, muito bom.
    bjo super leon.

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  5. Anonymous11:49 AM

    Gostei mas tu usou umas palavras meio inadequadas... Oo

    e eu li com pressa porque eu odeio ler texto em computador, então não posso fazer aqueeelas minhas críticas tri construtivas e profissionaaais :)

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  6. "ficou legal, mas as palavras "puta", "vaca" e outros termos pejorativos não ficam bem pro tipo de escrita. :) "

    Aham.
    Mas ficou bom.
    As frases que eu te citei no msn ficaram muito boas.

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  7. Anonymous8:19 PM

    intiresno muito, obrigado

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