Thursday, May 10, 2007

Os imprevistos da vida, caso a parte III

Fazia muito frio em Satolep quando Romeu resolveu andar pela cidade para pensar em o que iria fazer para quebrar o gelo que havia entre ele e Isabel, pois ela estava para voltar de viagem no dia seguinte, e o rapaz não queria que ficasse um clima pesado naquele dia especial. Mas, na esquina da Rua XV de Novembro, próximo à Felix da Cunha, Miguel o estava esperando. Romeu tentou fingir que não o viu, mas Miguel o viu e, como já era de se esperar, falaram sobre a namorada do jovem apaixonado.
- Continuas com a Isabel, rapaz?
- Continuo, sim.
- Ela ainda não te traiu?
- Estou atrasado, Miguel, por favor!
- O que foi? Medo que eu revele algo sobre a sua linda princesinha?
- Saia da minha frente, por favor, estou perdendo a calma.
- Fiquei sabendo que ela está andando pra lá e pra cá com um moço que, pelo que eu soube, é muy guapo!
- Cala-te! Isso é mentira!
- Pergunta para qualquer cidadão. Parece que sua doce menininha, tem outra imagem para o resto da cidade!
Romeu ficou sem palavras para responder. Chegou a pensar em bater em Miguel, mas alguma coisa, que nem o próprio Romeu sabia, dizia para não fazê-lo.
- Então, não estava atrasado, Don Juan?
O mocinho saiu correndo pela Rua Félix da Cunha. Fez isso até chegar em casa.
Isabel estava a arrumar as últimas malas, quando teve uma sensação estranha, como se alguma coisa de muito ruim estivesse para acontecer naquele instante. Pensou em sua mãe, que havia voltado da viagem uma semana antes. Resolveu ligar para D. Margarida.
- Alô?
- Minha filha! Estou tão feliz que voltas amanhã!
- Está tudo bem por aí, mãe?
- Tudo bem sim! Seu pai está preparando uma grande festa para a sua volta!
- Que bom. Mãe, tenho que desligar, amanhã nos vemos!
- Boa noite, Isabel.
Romeu dormiu quando chegou em casa e só foi acordado no dia seguinte por sua mãe. Ele havia pensado em ligar para Isabel no dia anterior, mas preferiu não ligar.
O casal estava há três dias sem se falar, até que, no dia de sua volta, a garota resolve ligar para o guri.
- Oi, piá.
- Oi, pequena.
- Por que estas me tratando assim, Romeu?
- Eu gosto de ficar quieto às vezes, só isso.
- Eu te conheço, tu estas me escondendo algo.
- Não é nada Isabel, não é nada.
- Jura pra mim?
- Que horas o meu amor chega em Satolep?
- Não tenta mudar o rumo da conversa, Romeu, sabes que odeio isso!
- Não está acontecendo nada, ta bom? Nada!
- Então porque me tratar assim?
- Já te disse, só quero ficar quieto um pouco.
- E tu achas que eu acreditei nesta tua desculpa?
- Queres saber? Então vou te fazer uma pergunta, você aí está andando só com gurias, ou será que tem também algum menino “muy guapo”?
- De onde tu tiraste isso, Romeu?
- As pessoas comentam aqui.
- E tu vai acreditar nas pessoas que mal sabem de nós dois e não vai acreditar em mim? Por favor, Romeu.
- Pois então a senhora deve rever seus conceitos sobre amizades.
- Eu vou fingir que não ouvi isso!
- Não, fazer isso é esconder o problema. Tu não tens nada pra me contar do que está acontecendo aí? Não existe mesmo nenhum piá guapo que queira te beijar?
Isabel tremeu nas bases.

3 comments:

  1. Anonymous5:53 PM

    Legal! Quero ver a 4ª parte ;)
    Abraço do guri que come comida para ratos!

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  2. Eu li o texto do leon, mas nao tenho nenhum comentário a mais do que "é um bom texto.".
    entao, como de costume, eu acho que o leon deve continuar produzindo textos, pois ele é bom. leon, tu escreves poemas?

    Eu não tenho um pênis!

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  3. Anonymous5:00 PM

    Eu também quero ler como vai acabar essa história :]
    Manter o suspense sobre a Isabel ser ou não uma safadxénha é uma boa jogada.

    A Marina é chata!

    Beijo, querido.

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