Wednesday, February 28, 2007

Quatro pessoas, quatro pensamentos diferentes e uma só salvação. Podes entender como “o motivo pela separação das crenças”

Uma vez houve respeito entre crenças. Um ateu, um católico, um muçulmano e um judeu andavam por uma ruazinha sem saída, conversando sobre assuntos que jamais consegui decifrar quais eram. O que importa era que conviviam felizes, sem concorrência, sem ofender um ao outro. Tão envolvidos na conversa que nem notaram que a rua era sem saída.

Era sem pedras e com paredes brancas, os muros tinham falhas que possibilitavam a subida nos mesmos. Aí é que nasceu todo o problema da discriminação de religiões. Há quem diga que, subindo o muro do fundo do beco, se encontra um gênio, contaram-me que ele realiza o desejo da vida eterna pra quem chegar até ele. Um dos quatro homens que andavam juntos inventou de subir o tal negócio, quando de repente o gênio vem até ele e, num momento de extrema amizade e felicidade o homem diz para os outros também subirem. Aí que ele errou.

Quando todos subiram, cada um reverenciou o gênio conforme sua religião: O católico o pediu a bênção, o muçulmano se ajoelhou e beijou seus pés, o judeu pegou sua Torá e o ateu, sem ter crença alguma, não conseguiu enxergar o gênio, que por sua vez se viu encabulado, pois só poderia realizar o sonho da vida eterna para um deles, então resolve fazer um tipo de “corrida ao pote de ouro”:

- Estão vendo além desse muro? – disse o gênio.

- Sim! – disseram os outros três.

- Pois então estão vendo o horizonte lindo que temos aqui.

Ao fundo se podia ver um arco-íris se formando no tal belo horizonte

- Ganhará a vida eterna aquele que me trouxer o pote de ouro que há junto daquele arco-íris. – explicou o gênio

- Só correr até lá? – disse algum deles

- Sim, vocês terão que correr, mas no caminho haverá muitos obstáculos, que os quais vocês não irão vencer sem sua fé.

- Isso não é problema, o único que não a tem aqui é o ateu, e ele vai ficar.

Nunca mais foi visto aquele homem sem fé.

Desde que o gênio deu a largada em busca da vida eterna, a amizade forte que existia entre o muçulmano, o católico e judeu não se fez mais presente.

Quando apareceu o primeiro obstáculo, eles pediram cada um de seu jeito e para seu deus. O obstáculo era uma tempestade gigante, que cessou um dia após as orações, mas o solo que eles pisavam era de areia e a água da chuva dificultou a caminhada dos competidores. Um mês depois, chegou outra tempestade, dessa vez de areia. Sem se lembrar de rezar, eles apenas levaram as mãos aos olhos e pouco lhes atrapalhou aquela areia. Risos sarcásticos.

Em uma época sem nenhum empecilho, começaram as brigas entre eles próprios, Cegos com a chance de ter vida eterna, Eles começam a se digladiar, se esquecendo totalmente do que havia acontecido antes do tal beco sem saída, mudaram seus pensamentos, esqueceram de seus valores, da ética, do respeito.

Era um dia de sol intenso quando o muçulmano resolveu perguntar ao judeu para que lado estava o oeste, para poder rezar e pedir pelo amor de Deus que deixe-o ganhar a disputa e ter a vida eterna., mas o judeu o ignorou. Pediu então ao católico, mesma reação. Ou falta dela.

Em uma parte do percurso, areias movediças começaram a puxar os fiéis, Oraram rápido, pediram para não morrer, imploraram perdão, mas não adiantou, a areia movediça os atacou de vez, não tiveram o que fazer a ao ser correr, até que o católico, acabou por ser sugado pela areia, desesperado, pede então, ajuda ao muçulmano, que o olha pasmo com aquela cena, mas lembra que o companheiro o abandonou na hora que precisou e a memória pré gênio já foi apagada da sua cabeça e ele, sem titubear, corre para se salvar e deixa o católico morrer.

Agora apenas dois competidores lutam pelo pote de ouro no final do arco-íris. Silêncio. Isso foi a rotina dos sobreviventes por muito tempo, não para sempre.

Passaram-se vinte e cinco anos desde que o primeiro morto se foi, os sobreviventes agora estão magros, velhos, enrugados, com cheiro desagradável e com fé incrivelmente inabalável.

Encontraram duas espadas com um bilhete: “lutem, quem sair vivo dessa leva o pote de ouro”.

Começa a batalha final, eles nunca nem se quer viram uma espada, muito menos tocá-la, menos ainda manuseá-la, mas mesmo assim atacam-se, os dois têm a mesma força de vontade, mesmo tamanho de fé, mesmas habilidades.

Você deve estar-se perguntando: “onde foi parar o ateu?”

O ateu voltou para o outro lado do muro, voltou pra casa, se casou, teve filhos e morreu de velho, viveu até o seu corpo não aguentar mais.

Alguns dizem que o gênio era invenção daqueles três malucos, outros dizem já terem o visto, mas acharam que não valia a pena gastar toda a vida atrás de uma incerta vida eterna.

Dizem que a areia movediça não matava realmente, porém enlouquecia e fazia a pessoa se perder na vida.

O judeu e o muçulmano brigam até hoje para ver quem vai passar para a última parte de terra antes de chegar ao pote de ouro.



Nota do autor para o texto: 9,7

11 comments:

  1. Anonymous8:05 AM

    pronto Leon, pronto! Comentei aqui, feliz?

    eu repito que eu achei esse texto tri confuso! mas tu tá melhorando
    ashasuiahsiuahsiashia

    abraço tchê
    e ficou tri sim

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  2. Anonymous8:08 AM

    Se tinha uma moral não entendi muito bem Oo

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  3. Anonymous3:08 PM

    Eu também acho que aquele seu amigo Gilberto é um viado total

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  4. Anonymous3:10 PM

    se pá, eu tinha dado um crtl+c no comentário e depois na frase acima... e saiu errado. IGNORA!!!!






    eu ia dizendo...
    entendi a moral.
    é simples! não gaste tua vida com coisas que NÃO te levam a lugar nenhum, e chegam muitas vezes a te matar.

    adorei o texto! as histórias utilizadas, as metáforas e as risadas sarcásticas pra contar o quadro das religiões do mundo, está tudo muito criativo e bem escrito. parabéns querido ;)

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  5. Anonymous3:10 PM

    se pá, eu tinha dado um crtl+c no comentário e depois na frase acima... e saiu errado. IGNORA!!!!






    eu ia dizendo...
    entendi a moral.
    é simples! não gaste tua vida com coisas que NÃO te levam a lugar nenhum, e chegam muitas vezes a te matar.

    adorei o texto! as histórias utilizadas, as metáforas e as risadas sarcásticas pra contar o quadro das religiões do mundo, está tudo muito criativo e bem escrito. parabéns querido ;)

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  6. Anonymous3:11 PM

    e agora saiu REPETIDO! estou mal hoje em lidar com compuatdores.

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  7. Anonymous3:17 PM

    Adorei querido! Tens um estilo muito parecido com o meu. Muitas pessoas levam anos sem conseguir escrever o que sentem e pensam, outras nunca conseguem. Fico feliz em saber que não tens medo da escrita e que provavelmente superarás tua mãe e teu pai nesta tarefa.
    Grande Beijo!!!

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  8. Tem uma frase do Einstein que se enquadra bem nesse texto escrito de forma brilhante, principalmente pruma cabecinha de 15 anos. "Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível." Valeu filhão...teu texto tá perfeito, e não é corujice, é análise técnica de quem avalia escritos todo dia. As palavras já fazem parte do teu cotidiano...continue cuidando bem delas. Beijos do paizão.

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  9. O comentário eu já fiz no msn :)
    Muito legal mesmo Leon, um beijo.

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  10. Anonymous7:54 PM

    Numa análise geral eu gostei. (:

    Sim, eu acho que o meu comentário é o mais importante, porque é uma avaliação de um ponto de vista profissional e estritamente linguístico.

    Aaah, mentira =P

    Mas eu gostei do final, só não sabia que a busca pelo pote de outo demoraria mais de 25, 30 anos... sei lá eu acho que no início a primeira coisa que me ocorreu foi "sim, uma corridinha até o arco-íris agora seria tri!", tipo uma pelada no fim-de-semana e etc... mas depois eu vi que não, que não era nada disso, que se tratava na busca de fiéis pelo mundo todo, um tal de mata-não-mata...
    E ai eu acho que tu não foi feliz, faltou um pouquínho de clareza.

    O resto, nota 10. :*

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  11. Anonymous12:01 PM

    Tem um "causo" que escutei uma vez de um monge indiano, era mais ou menos assim:
    Dois monges andavam na floreste e se depararma com um rio rpofundo e largo. Um após muitis anos de meditação em um claustro, vamos colocar 15 anos...atravessou o rio levitando. O outro monge ficou esperando um barquero que vinha ao longe e que em troca de poucas moedas acabou fazendo sua travesia. Quando estavam juntos na mesma margem do rio o que sabia levitar falou que havia passado meditando como eremita 15 anos e através disso sabia levitar, havia alcançado um dom de forma recriminatória com quase desprezo ao outro monge, ao que o outro respondeu que durante o tempo em que outro esteve isolado ele andou pelo mundo e que no caso 15 anos foram trocados por apenas poucas moedas.
    Não são muito próximas a moral dos dois "causos".
    Um abraço
    Dado

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